Formação do CFM marcou presença no WCRT 2015 em Lisboa
A área de formação do operador ferroviário moçambicano Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) esteve presente no 3º Congresso Mundial de Formação Ferroviária da UIC – International Union of Railways (WCRT 2015), que terminou no passado dia 17 em Lisboa. O desenvolvimento de Moçambique exerce forte pressão na ferrovia, um desafio que para além do investimento que está a ser realizado em infraestrutura e material circulante, passa também pela qualidade dos quadros.
O operador ferroviário tem demonstrado atenção no que diz respeito à formação dos técnicos que necessita. Ao nível do recrutamento de jovens sem experiência, assegurando a formação para funções de maquinista, ou operários das oficinas. Mas também ao nível da criação de uma nova geração de quadros superiores virados para o futuro. A título de exemplo surge o curso da Engenharia Ferroviária, promovido pelo Instituto Superior de Transportes em parceria com o CFM, e onde o operador espera ter uma nova geração pronta para responder aos desafios do sector na dinâmica do país.
À margem do WCRT 2015 o quadro do CFM Assane Pinto abordou com a webrails.tv o sector ferroviário moçambicano e a formação:
Quadro da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, Assane Pinto é responsável no CFM pela área de Formação e Desenvolvimento da Direcção de Recursos Humanos.
. | A Fernave esteve presente no WCRT 2015, no último dia de Congresso deu a conhecer alguns projectos internacionais na área da formação e consultoria com base na ferrovia. Abordou as colaborações com o Caminho de Ferro de Luanda em Angola, operação Rio Tinto em Moçambique, e a formação de uma bolsa de inspectores de obras ferroviárias para a ADE. A apresentação encontra-se disponível para subscritores AQUI | . |
Dados recentes publicados pelo FMI apontam, no período 2011-20, um crescimento médio anual para Moçambique na ordem de 8%, colocando o país no grupo das economias mais rápidas do mundo. Num quadro ferroviário de resposta para mitigar as necessidades Moçambique tem na actualidade vários Projectos de reabilitação e construção de infraestruturas ferro-portuárias em andamento.
No sistema ferroviário norte, de acordo com declarações recente de um governante moçambicano, o início das operações Moatize a Nacala-a-Velha, via pelo Malawi, é esperado para breve. E os trabalhos de reabilitação da linha Cuamba – Lichinga, já estão em curso. Existe também uma aposta em novo material circulante.
Na região centro continuam as obras de reabilitação das linhas de Sena e de Machipanda. Os trabalhos contemplam o aumento de capacidade para movimentação de comodities e carga geral.
A sul, o Projecto de Reabilitação, Modernização e Expansão das linha de Ressano Garcia, e a expansão de Matola Gare de Mercadorias, apresentam-se como optimizações importantes para o posicionamento ferro-portuário como alternativa para países vizinhos.